quinta-feira, 27 de novembro de 2008

EU SEI COMO DESCOMPLICAR O MUNDO!



IDA: "Eu estou aqui porque sei que as pessoas lá fora não conseguem lidar com o fato de o mundo não poder ser explicado. As coisas, assim como você, já vem nomeadas, etiquetadas, catalogadas e com instruções de uso. E aí eu venho como contra-indicação. E, como você pode ver, eu já passei do prazo de validade. E você, está aqui por que?"

Manual Prático para o Anonimato
(livremente inspirado na obra de Chuck Palahniuk)
Espaço dos Satyros 2

Pça. Franklin Roosevelt, 134 - República - Centro.

Telefone: 3258-6345

Domingos, 18:30

De 23/11 a 21/12


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

MANTRA


"Mentalize sempre o melhor, prepare-se para o pior, e agradeça o que vier!"
(Mestre Shri Vyaghra Yogi)


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Toque de campainha


o amor não está em mim nem em você,
mas no espaço entre

o medo não está no sim nem no não,
mas no espaço

a crise não está no começo nem no fim,
mas entre

o passado não está no antes nem no depois,
espaço

a esperança não está no presente nem no futuro,
entre

sim, entre
sem bater

Você não me vê, mas eu vejo você


às vezes acho que sou invisível
invisibilidade: negação ou opção?
visão ou negociação?
prisão?
re-visão

domingo, 16 de novembro de 2008

Onde você vai?


"A gente cresce sempre, sem saber para onde."

(Guimarães Rosa)


Uma janela, um livro e uma rede


O que viu foram esferas e planos. Vislumbrou o inesperado, o esticado. Um diluído perder da verdade, redondo, impedido em olhos de gente séria. A não-coisa pelos ares, surgida por detrás dos olhos, no turvo da memória. O insólito em nada pesado. Foi então que seu eu se dilatou, dissolveu.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Convido a todos para assistir a minha peça...


CIA. OS SATYROS DA COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO APRESENTA:

Manual Prático para o Anonimato
(livremente inspirado na obra de Chuck Palahniuk)

COM: CESAR GENARO,FABRICIO CASTRO,KATIA GOMES,JOSÉ ALESSANDRO
SAMPAIO, MICHELLE CALVACANTI,PRISCILA BARRETO E ROGERIO LUCAS.

DIREÇÃO DO NÚCLEO: ANDRESSA CABRAL


Estréia: 23/11
Espaço dos Satyros 2
Pça. Franklin Roosevelt, 134 - República - Centro.
Telefone: 3258-6345
Domingos, 18:30
De 23/11 a 21/12

Sinopse: Montagem que integra a Mostra das Oficinas dos Satyros. As
maravilhas do mundo contemporâneo encenadas por candidatos ao papel
principal da peça. A concepção do trabalho é resultado de pesquisa da
obra de Chuck Palahniuk (autor de "Clube da Luta") e tem como base a
metodologia do Teatro Veloz, desenvolvido pela Companhia dos Satyros.
Quanto: pague quanto puder
Duração: 60 min.
Classificação: 14 anos

Contagem Regressiva



Este ano o Reveillon será no deserto
Perfeito para esvaziar, ampliar, reverberar,
D E S E R T I F I C A R

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Filosofia na fila do banco


Uma hora ou outra a Internet te pega e te diz que ela não pode resolver todos os problemas do mundo. O caso foi que esqueci de pagar a conta do condomínio na data certa e o sistema me disse que teria de ir ao banco.

Detalhe: eu o-d-e-i-o ir ao banco. Odeio fila, porta giratória e cartazes com asteriscos. Porque no mundo real, nosso avançadíssimo sistema bancário é isso: um mundo de sonhos emoldurado por letras miúdas e notas de rodapé. O paraíso escorregadio. Da fila onde você passa a sua tarde ensolarada, apenas a porta do céu é visível.

Com todo o meu bom humor desta tarde fui, conformadamente, consertar meu erro na agência bancária. E eis que ouço, bem atrás de mim, mãe e filha conversando:

- Mãe, posso sentar naquele banco ali?
- Não.
- Por que não?
- Porque você precisa aprender a ficar na fila. Porque a vida é isso, nada mais do que isso.
(A menina faz cara de tédio)
- Porque até para enterrar um indivíduo depois de morto tem que ficar na fila, minha filha.

O universo em uma nota de rodapé.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Diário


Tenho máscaras. Não sou consumível nem abortável. Ando por corredores povoados de nulidades glorificadas. O mármore branco me sufoca. Quero respirar, porém inspiro sons e expiro areia. Ouço as buzinhas, mas sinto pausas somente.

Cinza é a cor de hoje. Cinza com leves toques de absinto. Monocromático e helicoidal, o meu dia; elasticamente urbano, porém.

Faz frio. Pausa. Olho minhas mãos. Pausa. Mãos de crematório parecem. Estendo os dedos para apanhar a tesoura ou colocar o dedo na tomada. Pausa. Penso em balões de veludo. O que será que isso quer dizer?

O mármore branco, a areia, a tomada. Nem mesmo eu sei.