segunda-feira, 13 de maio de 2013

Velhos escoteiros



aqui nascemos
aqui morremos
ah, quanto tempo
por aqui vivemos

são tantas lembranças...

os amigos
as fogueiras
os jogos
as estrelas

as festas
as histórias
as conversas
as memórias

o Mogli
a Távola Redonda
o B.P.
à noite, a ronda

os acampamentos
as canções
otimos momentos
nas reuniões

a noite
aquela noite
a alvorada
e a jornada

os chefes
as leis
as esquetes
os dedos: um, dois, três

o hasteamento
as passagens
o arriamento
as montagens

as pioneirias
as caminhadas
as mochilas
sempre pesadas

as verdades
as mentiras
as chegadas
as partidas

os distintivos
os nós
os perigos
a vigília a sós

o Cruzeiro do Sul
a Flor de Lis
o Rei Arthur
os Jamborees

aquele dia
aquela noite
os amores
e as dores

a demolição da sede
a reconstrução
a noite na rede
ao som do violão

se ficarmos aqui
teremos histórias
prá chorar
prá fazer rir

mas é do fundo do coração
que vem a alegria
de mais uma conquista
de mais uma lição

que cada um aqui
leve consigo um pedaço
deste novo andar
que vimos subir

e pelos caminhos da vida
leve consigo a emoção 
e as lembranças
do que vivemos
nesta sede querida

Um mar




o antigo marinheiro

no balanço do tempo
tem olhar camaleão
atento, atento


nas ondas errantes

eterno bailarino
malandra aflição
ao vento, ao vento


um poço acuado

quando vento saci
boneco articulado
você aí, eu aqui