quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

UM CONVITE PARA ASSISTIR MINHA PEÇA



Sinopse

A resposta é uma porta que se fecha. Um limite. Um fim...? Ele te ama? Você gosta assim? Estamos nos entendendo? Quantas pessoas habitam essa mesma pessoa? Quem está no controle?
Somos feitos de tantas coisas... Tantos feitos... E defeitos e desfeitos. Ela só queria cantar uma música e ele queria que o filho falasse PAPAI e a nossa barata filosofia que nunca leva em conta o ponto de vista da minhoca. Sim, parece absurdo. E não somos feitos também da absurdidade?
O que podemos fazer com uma rosa durante esse tempo que temos e que chamamos vida? O que não se pode fazer? E se foi feito que nome terá? E se ainda não existe que nome teria?
E são infinitas as perguntas e finitas as respostas e Somos de Feitos não tem resposta e mesmo assim é uma ou várias ou talvez o nosso desejo insuportável de pulsar vida e de pulsar dúvida.
Será que podemos ainda não entender alguma coisa e mesmo assim ela fazer parte da nossa vida? Será que tudo se explica? Estamos prontos para as explicações? Somos feitos e deixaremos de ser... Quais os nossos feitos enquanto somos? Aqui estão alguns...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ensaio


Foto do ensaio da minha próxima peça
Somos de feitos - Aguardem!

come flor como flor quando flor onde flor se flor
ser flor sou flor


Emigrantes

Lasar Segall, Navio de Emigrantes, 1930-41

flutua
em si
a navilouca
à toa


emigra
sem ti
nave rio
se vai

vela
em mar
de loucos
poucos

o navio
em si
ao fim
aqui

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tem certeza?


Estou com as certezas abaladas. Nada há de exato, definitivo. O abstrato, indissolúvel ir-se.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Metrô



ontem vi o olho de duas crianças brilhar
no metrô
cheio
por entre pernas e cotovelos
só porque fiz caretas prá elas
durante dez estações
elas não pararam de rir
nem eu

as crianças têm disso
sem pensar
ser estar
mais nada

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vidros


Cacos de vidros, por Saulo - São Joaquim da Barra/SP.
cacos caem
silêncio em fragmentos
vou, vôo

procuro pedaços
frágeis mosaicos
desfaço
no abismo de mim

Tal vez


Vai verdade, voa. Eu vou ficar e ausentar-me no suspenso. Leva-me o que é, deixa-me em reticências. Sem ti e só, essências. Espaços-espasmos do que, de quem: talvez, eu.

Não tenho medo. Leve-me, mas deixe-me feixe, vazios-arrepios, miragens do que eu, talvez.

Sou onde não estou, o que não restou, o que não se achou. O que?

Entre, por favor! A porta está aberta. Aqui há pedaços, Estou aos meios, espaços. Tal eu, uma vez.