Parece que deslizam no fluxo da paisagem. Fluida passagem, instante escorregadio. Alguém quer se segurar, mas os galhos são de cera. Enceram o olhar que se encerra na primeira palavra. Não há ruídos, apenas gestos. Dedos que conversam. Mãos que esparramam grãos de areia, como se quisessem alisar o dia, alinhar a lentidão. Não se vêem os pés por debaixo da terra molhada, mas o chão é de cimento.
Em cenário de lama, quem usa botas é rei.
Um comentário:
lindo, amiga, está escrevendo melhor e melhor!
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