domingo, 20 de março de 2011

Sobre palavras e brinquedos

 Conversávamos em língua de brinquedo, degustando palavras. De repente, metade de mim mesma, nos longes do tempo. "Estou aqui e meia", pensei, "vou sair".
   Lá fora, silêncio. Vozes, eco, arrepios. Ânsia, cacos, unha, estômagos. Pausa. Alguém:
   - Que procuras?
   Aos poucos, falas intangíveis, pensamentos de canário. Entrei. Flor, palha, novelos. Desta vez, as falas eram de orvalho; as palavras, como olhos de luar, para longe de amanheceres.
   

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