quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uma crise


Às vezes me pergunto porque não trabalho das 9 às 18, em um lugar só, os documentos assinados, a vida estabelecida, o mundo estabilizado.

Seria tudo tão mais fácil...

Eu, Romeu e a conta cheia.

Eu tenho um plano, que não tem nada a ver com ir, olhar, copiar, esperar. É um fazer-ir, indo-feito, não parar. Arrepiar os poros e expandir-me em cacos para além das esquinas. Saltar ex-quinas.

Despregar-me, rastejar, rasgar, sugar, tocar, desabituar-me, desabotoar, anteceder. Não quero esperar o envidraçar do infinito.

Quero condensar, triturar, estilhaçar os porquês e pisar em seus despedaços ainda quntes e úmidos. Sem pensar, respirar apenas. E formigar, apertar, engolir, expandir: dentro.

Há uma luz e eu quero sugá-la enqanto ela ainda está acesa.

Existir no próprio enquanto.

Um comentário:

Simone Couto disse...

tira o "rastejo" e tudo fará sentido, baby!