segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Carnal


Não há mais epiderme em um olhar. Só nos resta a enxaqueca do afago. O sorriso míope, a carícia hepática. Os músculos rasgados em cutícula, gotícula, partícula. Tudo acabado em um vômito cardíaco. Não há mais texto para o pretexto.

3 comentários:

Marco Camunha disse...

Pri, toda interpretação compreende aquilo qie nos vimos e acreditamos entender. Sinto uma explosao, como aquela, bem atrás do [nada]. Se tem a ver ou não, sao sei, mas fiquei taquicardico ao ler esse texto! Já falei que adoro o que vc escreve?

Priscila disse...

Valeu, Marco.
Assim como vc lê e sente, eu escrevo o q sinto (ou não)...
Bj

cesar disse...

Ataque. Tardia. Em águas frias a sensibilidade tem prazo curto. A anestesia cutânea em sorriso hipotérmico. Da garganta uma partitura sem si, sem mi, sem dó, sem ré. Quem anda pra trás é caranguejo. Direto. Sem subestimar sem superestimar.