quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Alarme


O alarme disparou.

Vermelhos, os olhos despertam, já desbotados. Na madrugada irrigados e desalinhados, até que se esfumaçassem no camuflado das imagens-esqueleto. Ele-chuva-ontem, eu-cru-instante, vozes,
ela-outra-nua, ruídos-navalha, gestos-miragem, nós-vazio. Silêncio. Desespero.

Gritos de seda onde não se vê garganta. Som monossilábico em panos de diamante.

Dor, dorme.

3 comentários:

Simone Couto disse...

adoro quando experimenta com as palavras criando um mundo de sensações.

"Ele-chuva-ontem, eu-cru-instante", é lindo, Pri.


Saudades de vc, guria.

Si

Priscila disse...

Brigadão Si...
Saudades também

Marco Camunha disse...

Priscila, é surpreendente a linha da tua escrita. Composição de palavras na hora certa. Da para sentir o texto...
Aqui é seu muito antigo amigo, Marco.