Seguia em frente, sem conseguir parar. Pensava apenas no suor, no corpo, na respiração. Caminhava com rapidez, ritmo. Os passos em desenhada cadência. Quase musical.
Quando finalmente olhou para trás, não havia ninguém. Não havia mais volta. Por favor, não espere por mim, pensou. Eu já fui história, hoje sou caminho. De ida.
À frente, a trilha esticava-se até tocar o horizonte. Não sabia para onde, apenas pisava o durante. Os cascalhos que dançavam sob seus passos ardiam um calor metálico. Nada musical. Não conseguia parar. Nem mesmo ali, quando aquela curva. O ar, a paisagem, as pedras, o verde. Eu quero o novo e o agora, espero que tenha entendido. Criar. Nem que sejam apenas passos. Ou rastros. Ou poeira. Ou o nada.
Mas sei que até as pedras movem montanhas. Durante as pedras, meus passos são montanhas.
Quando finalmente olhou para trás, não havia ninguém. Não havia mais volta. Por favor, não espere por mim, pensou. Eu já fui história, hoje sou caminho. De ida.
À frente, a trilha esticava-se até tocar o horizonte. Não sabia para onde, apenas pisava o durante. Os cascalhos que dançavam sob seus passos ardiam um calor metálico. Nada musical. Não conseguia parar. Nem mesmo ali, quando aquela curva. O ar, a paisagem, as pedras, o verde. Eu quero o novo e o agora, espero que tenha entendido. Criar. Nem que sejam apenas passos. Ou rastros. Ou poeira. Ou o nada.
Mas sei que até as pedras movem montanhas. Durante as pedras, meus passos são montanhas.
Um comentário:
Descalço nas pedras. Com os pés descalços sou capaz de sentir a sua presença. Descalço sou capaz de andar em terrenos lamacentos sem escorregar. Descalço posso sentir, ainda que seja a dor. Mas sinto que posso.
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