quarta-feira, 23 de abril de 2008

No meio do caminho tinha uma árvore









Às vezes uma única pedra que aparece no meio do caminho e muda todos os seus planos.

Você faz planos de viagem, de trabalho, de compras, de vida, de carreira, de estudos, de passeios; quer ir ao teatro, ao show do Leo Maia, na virada cultural, na corrida do GRAAC, no acampamento escoteiro, na Serra da Bocaina, no sarau literário, no curso de teatro, na oficina de contos...

E aí tem aquela maldita árvore que aparece na sua frente e estraga tudo.


É, no meu caso foi uma árvore, não foi uma pedra.


E ela mudou aquele destino que eu tinha todo desenhadinho na minha mente, com horários e locais definidos, tudo anotadinho na agenda. Certinho, milimetricamente detalhado até o final do ano.


A árvore derrubou todas as certezas, tudo que parecia perfeito e intocável. O trabalho, as viagens, os passeios, o teatro, o cinema, os namoricos...


É engraçado. Você finalmente atinge aquela harmonia e paz que espera a vida toda. Tudo caminhando para a frente, no maior sossego. De repente, sem que você espere, vem algo na contra mão, bate e arrebenta tudo.


Só para te testar.

A árvore veio e me derrubou. Segurei no ombro de um e de outro, levantei-me. Voltei para o início do caminho.

As férias forçadas não me incomodam. Porque ando de muletas, mas ando.

Voltar ao início me permite rever todo o caminho.

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