Escrevo o meu silêncio, e com isso me escrevo.
As palavras colorem a folha branca,
e aos poucos uma silhueta-outra,
por minhas próprias mãos desenhada,
ensaia seus tímidos passos para além do vazio.
Às vezes me canso das cores
e então me reescrevo.
Revisito, revisto, reviso, reviro
meu eu de papel e tinta,
em busca de um colorido novo.
E um então eu de silêncio,
na brancura vazia se colore,
desenhando contornos de seu ser-outro
em sons de página e tela.
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