Quando estava na faculdade, toda vez que lia um romance, fazia notas à margem. Sublinhava e anotava conceitos. O narrador incerto, metonímias, pedaços de Freud, o eu e o outro, teorias sem fim. (Des)Aprendi a encher os livros de pedras.
Hoje, voltei a sonhar. Leio sempre e, por vezes, também anoto e sublinho. Apenas as palavras que acho bonitas, que fazem meu corpo dançar, e minha pele sussurrar. Palavras que me fazem flutuar.