você: surpreendente e inevitável eu, aqui: cigarra espessa no entre-nós até o arrepio piruetas de mim, ecos de você enveredamos, envenenamos você, com o vento dos esquilos eu, com ânsias de canário enovelados em nó - vedados verdades de nós-mesmos por onde até perdermos a noção do vento e o tempo, pela espessura da noite
As águas não conversam como as folhas. Elas derretem palavras, fundem som e forma - disformas. Ao nos banharmos ouvimos suas vozes e nos fundimos em infinito conversar.
Não paro de pensar, e tentar entender, o que, porque e para onde a vida. De vez em quando, ainda durmo com as luzes acesas. Para espantar o frio, mesmo que faça calor.