Às vezes me pergunto porque não trabalho das 9 às 18, em um lugar só, os documentos assinados, a vida estabelecida, o mundo estabilizado.Seria tudo tão mais fácil...Eu, Romeu e a conta cheia.Eu tenho um plano, que não tem nada a ver com ir, olhar, copiar, esperar. É um fazer-ir, indo-feito, não parar. Arrepiar os poros e expandir-me em cacos para além das esquinas. Saltar ex-quinas.
Despregar-me, rastejar, rasgar, sugar, tocar, desabituar-me, desabotoar, anteceder. Não quero esperar o envidraçar do infinito.
Quero condensar, triturar, estilhaçar os porquês e pisar em seus despedaços ainda quntes e úmidos. Sem pensar, respirar apenas. E formigar, apertar, engolir, expandir: dentro.
Há uma luz e eu quero sugá-la enqanto ela ainda está acesa.
Existir no próprio enquanto.